Eu, em minha casa, tenho uma adega Art des Caves para 40 garrafas e mais uma geladega, que eu mesmo fiz, na qual cabem outras 130. Sempre achei que tinha espaço demais. Mas essa semana, de repente, comecei a achá-las umas miniaturas!
Durante minha estada em Porto Alegre, fui convidado para conhecer a adega de um dos mais destacados enófilos gaúchos, o empresário Aldo Giulian. É uma super-adega para 4.000 garrafas! Dentro, é claro, um grande armário para espumantes!
Bem, mais impressionante do que a adega em si, é o ambiente em que ela se encontra! É um enorme salão de uns 150 m2, inteiramente dedicados ao hedonismo! Tem um enorme umidor e uma geladeira embutida, de porta transparente, só para cervejas! Um espaço para degustação com confortáveis poltronas. Um forno de pizza e uma parrilla. Tem mesa de bilhar. E muitos sofás para se relaxar e aproveitar as coisas boas da vida!
E, dentro do salão, uma piscina para quando se exagera na dose!
Aldo, sabedor de minhas preferências enófilas, gentilmente serviu um possante Amarone della Valpolicella Classico, que degustamos em meio a boas conversas sobre os vinhos que ele mantém em sua adega.
A administração é impecável, pois Aldo contratou um sommelier para organizar os vinhos e manter uma base de dados com a localização precisa dos vinhos armazenados.
Nas prateleiras, muito embora se encontre vinhos de quase todos os países produtores, os grandes destaques são os vinhos italianos, para bem honrar a origem de Aldo: Barolos, Brunellos, Super-toscanos e, obviamente, muitos e muitos Amarones, pois ele também compartilha comigo o gosto por esses potentes vinhos do Veneto!
Num lugar assim, eu gostaria de ficar para sempre! Mas infelizmente eu tinha um compromisso e a visita foi curta: apenas o tempo de uma garrafa.
Decididamente, o mundo não é justo!