24 de fev. de 2008

Beba quanto puder, pague quanto quiser...

Só na Alemanha isso poderia acontecer! O empresário Jürgen Stumpf abriu em Berlim, três weinerein (bar de vinhos) baseados na honestidade do cliente!

Por 1 euro (cerca de 2,70 reais), você aluga uma taça de vinho e bebe quanto quiser!

Metade dos vinhos disponíveis são alemães (o que não é uma má pedida) e a outra metade vem do resto do mundo.

Ao final, na saída, tem uma jarra de vidro, sem ninguém conferindo, na qual se deposita o valor que se acredita como justo por aquilo que foi consumido!!!

A cozinha também funciona na base da honestidade e as opções são pratos típicos alemães, feitos apenas com ingrediente orgânicos.


Os endereços das três casas são os seguintes:

Fra Rosa: Zionskirchstrasse 40 (49-30)657-06756.

Perlin (com P mesmo), Griebenowstrasse 5 ; (49-30)4069-0951.

Forum, Fehrbelliner Strasse 57; (49-30)600-53072.

É demais para a nossa cabeça, não é? Imaginem um bar como esses aqui no Brasil! Quanto tempo vocês imaginam que iria durar antes da bancarrota!

10 de fev. de 2008

WWF defende a rolha de cortiça


No último número da Revista Decanter (fevereiro/2008), fui surpreendido por um anúncio de página inteira da organização preservacionista WWF (World Wildlife Fund) defendendo a rolha de cortiça. A chamada do anúncio é:

As vinícolas mais importantes preferem a cortiça

(Leading wineries choose cork)

E listam alguns dos mais destacados produtores de vinho como exemplo: Cheval Blanc, Bollinger, Antinori, E. Guigal, dentre outros.

Explicam que a cortiça é um produto natural, renovável e reciclável e que sua colheita é uma das atividades que mais respeitam o meio-ambiente. Prosseguem lembrando que as florestas de sobreiros são fonte de renda para milhares de pessoas e sustentam uma das maiores bio-diversidades do mundo.

A propaganda não ataca diretamente as rolhas de plástico não-biodegradáveis, mas subentende-se que esse é o alvo da fúria desses ambientalistas.

Se você quiser apoiar essa campanha, visite http://www.panda.org/mediterranean/cork.

É bom a gente saber que, afora todo o charme que uma rolha de cortiça oferece ao nosso vinho de todos os dias, temos mais um motivo para preservar a tradição.

Abaixo a rolha de plástico!
 

Humor etílico XIII

Publicado na Revista Decanter de fevereiro/2008

9 de fev. de 2008

Os vídeos do Gary desbancam a Wine Spectator

Gary Waynerchuk tem um site de vinhos na Internet, Wine Library TV, no qual ele dissemina os vídeos sobre vinhos que ele mesmo produz. É uma empreitada e tanto, e o site já possui mais de 400 episódios.

Eu gostei muito da página do Gary e cheguei mesmo a postar alguns de seus vídeos no blog do EnoEventos. No entanto, como os vídeos são em inglês e o Gary fala na velocidade da luz, aliado ao fato de que muitos dos vinhos apresentados não estão disponíveis no mercado brasileiro, a repercussão dessas postagens foi praticamente nula.

Daí então que eu tive a idéia de produzir os meus próprios vídeos, em português e com vinhos facilmente encontráveis no nosso mercado. A repercussão foi muito grande e os elogios foram unânimes. Claro que isso incentiva a continuar o trabalho.

Mas o maior incentivo que eu poderia ter tido, foi a notícia que correu ontem pela Internet, mostrando que o tráfego da Wine Library TV vem batendo de forma consistente, nos últimos meses, o movimento da revista ícone dos enófilos do mundo, a Wine Spectator. Vejam só o gráfico acima, com o movimento dos dois sites, que demonstra claramente esse fenômeno, para muitos surpreendente.

É claro que eu fiquei contente, pois posso ver o futuro promissor dos meus vídeo-vinhos. E o Gary, também, anda rindo a toa.

Gary sendo entrevistado pela rede ABC de televisão


 

8 de fev. de 2008

Vinho dos Mortos

(matéria enviada pelo leitor Antônio Carlos Ferreira)


A interessante história do Vinho dos Mortos começa com a invasão francesa em Portugal, a mesma que fez a Família Real portuguesa fugir às pressas para o Brasil, evento do qual estamos comemorando os 200 anos.

Naquela época, os vinicultores da pequena vila de Boticas (Trás-os-Montes), temendo que as tropas invasoras se apoderassem de seus vinhos, decidiram enterrá-los no chão de saibro das adegas, abaixo das pipas e dos lagares.

Quando as tropas se retiraram e os moradores recuperaram suas casas, tiveram a grata surpresa, ao desenterrarem os vinhos, de verificar que os mesmos estavam muito melhores do que eram antes.

A partir daí, a moda se espalhou e os vinhos da região passaram a estagiar enterrados por 1 ou 2 anos, sendo apelidados de Vinho dos Mortos.

Infelizmente, nos dias de hoje, poucos vinicultores ainda preservam essa tradição. Para reverter o quadro, a Cooperativa Agrícola de Boticas e o Conselho Transmontano estão criando o Repositório Histórico do Vinho dos Mortos, uma espécie de museu vivo em que toda a cadeia de produção do vinho será exposta, de forma a ajudar na preservação desse método secular de vinificação.

A próxima vez que eu for a Portugal, com certeza irei comprar algumas garrafas desse vinho, de inquestionável apelo mercadológico, e organizar uma degustação no São João Batista! Alguém se habilita?

As 16 freguesias do Conselho de Boticas

6 de fev. de 2008

A Casa dos Sete Erros

A imponente mansão localizada à Av. Ipiranga, 76, em Petrópolis foi construída em 1884, por um afilhado do Barão de Mauá. Sua arquitetura é em estilo "Queen Ann" e o material foi todo importado da Inglaterra. É coisa muito fina!

Devido a sua fachada assimétrica, foi apelidada pelos petropolitanos como a Casa dos Sete Erros.

Pois bem, na estrebaria dessa luxuosa residência, foi aberta uma filial da Bordeaux, uma mistura de loja e bar de vinhos. Eu já conhecia a Bordeaux da Estrada União-Indústria, de Itaipava, e aproveitei o feriado de carnaval para conhecer a filial de Petrópolis. É imperdível!

Com uma bela decoração e iluminação, o ambiente é muito aconchegante. Algumas mesas são localizadas nas antigas baias dos cavalos, feitas de ferro fundido inglês, o que oferece uma maior privacidade e dá um toque um pouco exótico a sua degustação.

Mas eu acho melhor mesmo é sentar-se às mesas do jardim! Lá, você pode se deslumbrar com a beleza da mansão e, entre um gole e outro, procurar descobrir cada um dos sete "erros" da fachada! É diversão garantida!