E, vejam só, em dose dupla!
Um filme sobre o já famoso Julgamento de Paris de 1976, o "Bottle Shock", estreará amanhã (18/01/2008) no Festival de Cinema de Sundance. É um dos dois filmes rivais sobre o mesmo acontecimento.
O "Bottle Shock" sai na frente do rival "The Judgment of Paris", que ainda não iniciou as filmagens. Mas os produtores desse segundo filme é que compraram os direitos sobre o livro de 2005, sobre a degustação e a história de Steven Spurrier, o dono da loja parisiense que organizou o desafio.
No entanto, são dois projetos bastante distintos. O primeiro pode ser chamado de versão "vinho branco". A história gira em torno do Chateau Montelena, cujo Chardonnay venceu a prova, apresentando o conflito entre pai e filho, o proprietário da vinícola (interpretado por Bill Pullman) e seu filho Bo (Chris Pine).
No filme, Bo é um jovem surfista com dificuldades de relacionamento com o pai, simbolizadas pelas lutas de boxe que os dois protagonizam no filme. O diretor e roteirista Randall Miller insiste que o filme é o "mais perto possível da realidade"!
"É uma versão totalmente Hollywoodiana", diz o verdadeiro Bo Barret! "Mas eu gostei muito do filme, é uma carta de amor ao mundo dos vinhos! E, claro, vai despertar a atenção para o Chateau Montelena!"
O verdadeiro Spurrier, no entanto, não gostou muito do roteiro, onde ele é retratado como um inglês esnobe em incidentes completamente fictícios: "Eu fiquei profundamente ofendido pela forma incorreta como eu e meu negócio fomos apresentados!"
O filme rival - a versão "vinho tinto" - está com o roteiro praticamente terminado, mas está emperrado pela greve dos roteiristas de Hollywood. Kamen, o roteirista, diz que o filme será focado na vida de Warren Winiarski, fundador da vinícola Stag's Leap, produtora do Cabernet vencedor, e nos fatos contados no livro de George Taber, o único jornalista presente ao evento. O outro personagem principal é Spurrier.
"Estamos tentando contar a verdadeira história!" - diz o co-produtor Clark Peterson.
Quanto a nós, enófilos brasileiros, só nos resta torcer para que os dois filmes sejam distribuídos por aqui, para que possamos fazer o nosso próprio Julgamento do Brasil sobre os mesmos!
(Livremente traduzido de um artigo de Elin McCoy, publicado no blog de Steve Barnes)
17 de jan. de 2008
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