Participei, junto com mais quatro amigas, da Degustação da Compagnie Vins de France, no último dia 30/08, na ABS-RJ. A Compagnie de Vins de France, representada pela simpática Brigitte Stida, iniciou suas atividades em 2006 e trouxe o Malbec de France para o Brasil, na última Expovinis.
A apresentação primorosa foi de Marcos Lima, monitor da própria ABS-RJ. Ele iniciou a apresentação com um passeio pela região de Cahors, onde se planta a sensível Malbec em hectares controlados pela rígida legislação francesa.
Marcos dividiu sua apresentação em informações e curiosidades sobre a região produtora, sobre a uva, serviço do vinho e harmonização.
Cahors é historicamente a região de origem da uva Malbec. Os primeiros escritos datam de 92 DC. Passando por distintas fases, a região viveu seu auge e também momentos difíceis, causados por guerras e pragas. Graças à extraordinária capacidade de renovação, permaneceu a qualidade do vinho característico da região.
Passeando pela história do vinho e também pelas belíssimas paisagens de Cahors, projetadas, fomos nos deliciando com curiosidades e descobertas que nos informava Marcos Lima, que tento transcrever:
Os vinhos de Cahors passam por um rígido controle em todas as etapas de sua produção, até que, na finalização, é realizada uma avaliação para que o vinho possa receber ou não o título de AOC – Appellation Cahors Controllé.
Bem, quando iniciamos a falar sobre o vinho, nossas taças foram preenchidas com o precioso líquido de Bacco, de um vermelho rubi intenso e fomos informados por Marcos Lima, que a aeração na taça era providencial, uma vez que o Malbec de France, era intenso nos aromas de frutas vermelhas, mas não que fosse necessário a utilização de um decanter. E assim o fizemos, deixando na própria taça por alguns minutos antes de degustarmos.
Algumas informações técnicas sobre o vinho, extraídas do catálogo da Compagnie Vins de France:
É um vinho da região dos melhores 'terroirs' da Denominação, fruto de uma assemblage inovadora, que combina três safras especiais:
Na boca esse vinho revela a tipicidade da Malbec, a sua potência, estrutura, e o seu sabor inconfundível. Não há que se fazer comparações com os malbecs argentinos, pois são distintos.
Marcos Lima deu dicas de harmonização que nos deixou com vontade de sair dali e experimentar. Falou-nos de queijos fortes, mas não muito salgados, carnes grelhadas/exóticas e cogumelos.
Ficou o convite para a degustação dos outros dois vinhos da Compagnie de Vins de France, que não chegaram a tempo: o Impernal 100% Malbec e o Le Paradis, também 100% Malbec.
Foi tanta informação sobre a produção, sobre regiões francesas além das informações do próprio vinho que só poderia resultar em uma coisa: saímos de lá e fomos degustar o Malbec de France com queijos brie e camembert e cogumelos shitake no Empório Santa Fé.
E aí nos foi possível fazer a combinação e constatar quão aveludado, bem estruturado e delicado, com um amadeirado ligeiro é o vinho Malbec de France, novidade no Brasil.
O Empório Santa Fé, ainda não tem em sua carta o Malbec de France, mas certamente vai incluí-lo. Nossa garrafa foi cortesia da querida Brigitte.
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