4 de abr. de 2008
A Ola
Quando se vai a um almoço ou jantar, mesa grande, muita gente, a hora do brinde é sempre uma confusão. Todos se levantando para alcançar a taça de quem está longe, inclinando-se sobre a mesa, ameaçando taças e garrafas. Sempre um momento de grande tensão!
Quando você pensa que já terminou, sempre aparece aquela pessoa, na outra ponta da mesa, que faz questão de bater em sua taça e você se vê obrigado quase a se estirar sobre o filé a parmeggiana, atropelando seus vizinhos. Um verdadeiro caos!
Em jantares-degustação, então, a coisa é bem mais complicada, pois sempre há sobre a mesa uma grande quantidade de taças de cristal, bem altas, bem instáveis, pedindo para serem derrubadas por um brindador mais afoito e até causando aquele efeito-dominó, que dizima com o estoque de Riedels do restaurante.
Pois bem, há algumas semanas atrás, eu participava de um desses jantares e, na hora do brinde, o Euclides Penedo Borges, presidente da ABS, nos ensinou que a moda no Rio de Janeiro é fazer o brinde do tipo ola.
E como funciona? É simples: o puxador do brinde, bate as taças com a pessoa à sua direita; esse por sua vez, com a pessoa a seu lado e assim sucessivamente, até que o brinde dê a volta em toda a mesa e retorne ao primeiro da lista.
É claro que não é nem metade tão divertido quanto o método tradicional, mas esse novo método, digamos Charmat, é bem mais civilizado e muito menos perigoso.
Desde então, tenho me dedicado, em todos os eventos de que participo, a passar adiante o ensinamento da ola. Adote você também essa prática!
Os restaurantes, penhorados, agradecem!
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3 comentários:
Aprendi a moda da Ola na viagem dos Enoguaios. Ela realmente organiza a hora do brinde, mas discordo de você, Oscar. A Ola pode ser tão divertida quanto o velho bate-taça. Todos participam com os olhares vigilantes para que ninguém fique de fora, e quando isso acontece, a gente começa a Ola de novo com o maior prazer.
Eu tambem acho que deve ser bem bacana fazer a Ola, principalmente porque da para brindar diversas vezes...com todo mundo e dependendo da quantidade de tacas bebidas fica ainda mais divertido.
Maria Carolina,
Eu escrevi que a Ola não era tão divertida quanto o método tradicional, mas não é isso que está acontecendo. Sempre que a gente faz uma ola, como ela é novidade para muitos, acaba saindo muito mais engraçado...
Vale a brincadeira!
Oscar
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